2012.n°10.Comunhão na França

Pascal e Agnes, vocês estão de viagem no Brasil. Gostaríamos de saber a finalidade desta viagem?
burosse3     -Nós fizemos uma viagem no Brasil de 26 de maio a 15 de junho de 2012. Nós tínhamos previsto dar uma visita aos Irmãos que aí estão, mas isto ficava só um projeto.  Amigos e famílias reunidos no início de 2011 pelos nossos 20 anos de casamento, ajudaram-nos a financiar esta viagem.
Nós moramos na França, aos 100 quilômetros do sul de Paris, na diocese que viu nascer as Congregações dos Irmãos Missionários e das Irmãs do Campo, haverá daqui a pouco 70 anos.


Qual é a vossa situação familiar e cristã?
       -Nós temos três filhos: Pauline, de quase 20 anos, Guillaume de 17 anos e Pierre-Yves de 15 anos. Nós estamos engajados na nossa paróquia, os dois, na preparação de casamento, Agnes, na contabilidade paroquial e, de vez em quando, Pascal na animação musical.
Participamos também no CMR (Cristãos no Mundo Rural), numa equipa de releitura. Agnes faz parte da Equipa Federal (departamental) do CMR e Pascal, como administrador nacional desde este ano. Procuramos, de maneira modesta e imperfeita, viver em coerência com o nosso batismo em Jesus Cristo e fazer viver a sua Igreja.


Vocês ficam ligados à “comunhão”, espiritualidade de leigos, Irmãos e Irmãs do Campo; gostaríamos saber mais sobre isso?
        -Desde há quase 20 anos, fazemos parte da “comunhão”: Irmãos,burosse1 Irmãs, leigos. No início, há 25 anos, uns leigos, sentindo-se próximos daquilo que viviam as comunidades de Irmãos Missionários e Irmãs do Campo, quiseram se juntar para partilhar, orar.
Hoje, podemos dizer que somos uma mesma família evangélica: Irmãos leigos ou Irmãos ordenados, Irmãs, leigos celibatários ou casados, e também uns padres diocesanos.
Quaisquer que sejam os nossos estados de vida, em comunidade ou em família, procuramos “viver com” aqueles que nos rodeiam, que nós encontramos em nível de atividades profissionais, eclesiais ou outras... numa vida simples, numa proximidade com as realidades do mundo rural, confiando, na oração, a vida assumida no quotidiano.
Essa comunhão é um lugar de partilha, trocas de reciprocidade, na simplicidade, convivência, no respeito, mas também é um lugar de reabastecimento mútuo.
Há diferentes maneiras de viver a “comunhão”: uns grupos se encontram uma ou duas vezes por ano, às vezes mais, paradas espirituais, retiros, semana de ferias-partilha  organizadas pelos e para os Irmãos,Irmãs,Leigos.
Na França, uma equipe de coordenação segura a ligação entre os diferentes grupos e atividades. Um boletim de ligação saia duas vezas no ano.
Ficamos todos convidados a nos unirmos na oração na segunda à noite. Alguns ascendem uma vela, outros trocam orações por internet.

E o vosso grupo da “comunhão”?
        -O nosso grupo no departamento da ‘Seine et Marne’ encontra-se quatro vezes no ano. Na parte da manhã começamos por partilhar noticiais das nossas familiais, comunidades, encontros que tivemos e que marcaram uns e outros, acontecimentos felizes ou mais tristes... Em seguida, celebramos a Eucaristia para oferecer tudo isto ao Senhor. Depois, partilhamos uma refeição convivente com aquilo que cada um trouxe.
Na parte da tarde, partilhamos num assunto que uma equipa (em geral: um irmão, uma irmã e um casal) preparou.
Ultimamente, partilhamos sobre a realidade dos migrantes no meio rural e sobre a herança deixada por Irmã Ghislaine, fundadora das Irmãs do Campo, falecida no mês de Julho de 2011.
Partilhamos também sobre a atualidade das Congregações, a preparação dos Capítulos Gerais com foi o caso em 2010. A abertura ou o fechamento de uma comunidade, a chegada ou a partida de tal ou tal irmã ou irmão.
Por além das distâncias e dos laços que mantemos mais ou menos com tal irmão ou tal irmã que foi para outra região, outro país, senti mo- nos próximos como numa família.
É nesta perspectiva que viemos visitar os irmãos de Palestina do Pará no Para e de Coquelândia no Maranhão e aproveitar para descobrir um pouco deste imenso e bonito país que é o Brasil. Pudemos encontrar diferentes pessoais, ou casais engajados nas comunidades onde atuam os irmãos. Ainda obrigado pelo vosso acolhimento !

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